
Visitar a Mongólia é tarefa árdua. Exige muita força de vontade e paciência. Afinal são de 30 a 40 horas de viagem, entre o voo e as esperas nos aeroportos. Mas vale a pena. É um país pouco conhecido pelos brasileiros e muitos, provavelmente, nem sabem onde fica.
A Mongólia está encravada na Ásia central, entre a Rússia e a China. Sem acesso ao mar, o fica em uma planície com altitude média de 1500 metros. Então, os invernos, de dezembro a março, são gelados e a melhor época para se conhecer é em julho, que é o mês de alta temporada por lá. A população total do país é de 2,8 milhões de habitantes, portanto, menos que a Grande Curitiba (3,2 milhões).
Visitar a Mongólia é fazer uma viagem de volta no tempo e também para outro universo. É uma sociedade completamente diferente da brasileira. Os mongóis têm longa tradição na arte de domar e adestrar cavalos. O turista também pode experimentar passeios de camelos – os da Mongólia são os de duas corcovas.
Apesar da capital Ulan Bator ter quase um milhão de habitantes, a melhor experiência para os turistas é ir para o campo. Lá é comum avistar belas paisagens intocadas pelo homem e cruzar com pastores nômades. Ulan Batour tem estilo de cidade soviética, quadrada, meio cinzenta. Para viagens ao interior, o próprio hotel organiza as saídas de jeep.
A culinária é básica, simples, mas saborosa. Prepare-se para banquetes de sopas, carne cozida ou grelhada (carne bovina, carne de carneiro), massas e abundância de produtos lácteos.
Uma breve história: depois de ser governada por diversos impérios, em 1924, a Mongólia adotou o sistema político vigente na então União Soviética. Com a queda do comunismo em todo o mundo, em 1990, houve a Revolução Democrática e, em 1992, a transição para a economia de mercado atual.
O turismo ainda é atividade recente, por isso não espere muito conforto. No campo, as pessoas ainda são nômades e vivem em tendas, com banheiro separado, em uma cabaninha do lado de fora. Para desligar-se do mundo é o destino. Pensou em atualizar o Facebook? Esqueça. Internet só na capital e em meia dúzia de cidades maiores. Mas para quem curte esportes ao ar livre, como trekking e cavalgadas, é o paraíso.
Boa opção de viagem é usar a transmongólia. É uma ferrovia com trens que partem de Beijing, na China. Mas é preciso reservar com antecedência e estar preparado para a burocracia chinesa que as vezes pode ser irritante. O site do governo da Mongólia oferece boas dicas, mas para uma viagem segura, procure a BTG Viagens.
Bob Escobar – Click Viajar








No Cerro Catedral, um dos mais procurados pelos turistas, existem mais de 120 quilômetros de percursos, em 1200 hectares de campos nevados com desnível vertical de mais de mil metros.





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