Conhecer o sudoeste da Bolívia e o extremo noroeste argentino é uma experiência única. Prepare-se para descobrir uma região que mais parece saída de filme de ficção científica.
A primeira impressão é que todas as cores ficam mais vivas aqui. São lagoas vermelhas, verdes, brancas ao lado de montanhas em tons pastéis contrastando com a exuberante vegetação e o onipresente céu azul profundo.
A primeira parada é no Deserto de Siloli que fica no Departamento de Potosí. É o paraíso dos amantes da fotografia. Formações rochosas únicas que enganam os sentidos e mais parecem árvores formadas contra o céu límpido.
É também uma das regiões mais áridas do planeta. O acesso é pela Reserva Nacional de Fauna Andina Eduardo Avaroa. Aqui estão as famosas lagoas coloridas, os vulcões e o Salar de Uyuni.
Salar de Uyuni
É a maior planície salgada do mundo com, acredite, 10 bilhões de toneladas de sal. Seus 12 mil quilômetros quadrados podem ser vistos do espaço. É tão grande que ocupa dois departamentos (são os estados no Brasil) na Bolívia, o de Potosí e o de Oruro.
E a surpresa. Ele não era um mar. Era o Lago Michin que evaporou há aproximadamente 40 mil anos deixando apenas o sal e dois outros lagos menores, o de Poopó e Uru Uru.
Vale a pena visitar também a Ilha do Pescado, no meio do Salar. É um verdadeiro recife cercado de sal e formado por cactos, alguns com mais de 10 metros e mil anos de idade. Parece uma praia mas, aqui, as aparências – e os sentidos – enganam. É uma ilha cerca por um oceano de sal.
Outra ilha, a Incahuasi, tem um quilômetro quadrado e é o lar de 6 mil cactos, além de insetos e pássaros. Acredite, você nunca ouvi algo assim.
Flamingos
Se for no verão poderá ver pelo menos três espécies de flamingos – o chileno, o andino e o de James. Eles ficam por aqui entre novembro e abril porque o descongelamento dos Andes transforma o Salar em um lago com 30 centímetros de profundidade. Parece pouco, mas é o suficiente para eles fazerem a festa dos turistas.
Mas o melhor é ver os flamingos de James na Laguna Colorada, a Lagoa Vermelha. Encravada no altiplano boliviano tem essa cor por causa da pigmentação das algas.
Parece que os flamingos sabem que os turistas estão lá para vê-los e fazem um show aparte com sua pelagem cor de rosa. Uma dica, passe um ou dois dias se aclimatando a região. É imprescindível para se acostumar com a altitude. São 4.100 metros acima do nível do mar.
Cores
As cores não param por ai. Visite a Laguna Verde. Ela tem essa cor por causa da alta concentração de enxofre, arsênico e chumbo. Fica à sombra do vulcão Licancabur e como você pode imaginar não tem qualquer presença de vida. Mas é um espetáculo em seus 17 quilômetros quadrados que não se pode perder.

Argentina

Se você pensa que a Argentina é só tango, geleiras e vinhedos prepare-se para uma nova experiência. A dica é começar por Tilcara, na província de Jujuy. Fica na fronteira com a Bolívia e é essencial para essa aventura pelos altiplanos e desertos da região.
Tilcara é uma cidadezinha de pouco mais de 6 mil habitantes. Para chegar é preciso ir pela Ruta 52, que é um espetáculo a parte com suas curvas, precipícios e paredões – bem no estilo estradas mortais! Prato cheio para quem gosta de aventura.
Tilcara é imperdível porque é única. Aqui é possível conhecer pastores de lhamas – sim, isso existe – e interagir com os habitantes. São pessoas que têm uma relação muito própria com as lhamas há gerações. Esses animais fornecem carne e lã para os locais, além de lindas peças de artesanato para os visitantes.
Mais adiante, uns 25 quilômetros pela Ruta 9, está Purmamarca. Os milhares de anos transformaram o local em um quadro impressionista ao ar livre. São montanhas verdes, rochas vermelhas e amarelas com todas as suas nuances. É perfeito para fechar sua aventura nos desertos da América do Sul.
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Bob Escobar – Click Viajar